Escândalo: cabo eleitoral de Bolsonaro, Moro recebe de ‘presente’ Ministério da Justiça

Nas redes sociais, parlamentares da Bancada do PT na Câmara comentaram nesta quinta-feira (1), a indicação de Sérgio Moro e foram unânimes em destacar que o juiz de Curitiba sempre foi imparcial e que perseguiu implacavelmente o PT e Lula.

Desde o início da farsa jurídica montada contra Lula, o PT e os advogados denunciaram a atuação parcial do juiz Sérgio Moro na condução dos processos da Lava Jato. A condenação do ex-presidente em uma decisão sem nenhuma prova e o vazamento de uma delação premiada sem valor, em meio as Eleições 2018, mostram que o magistrado não atuava para combater a corrupção, mas sim como cabo eleitoral.

O próprio vice-presidente eleito, o general Hamilton Mourão, confirmou que o acordo entre Bolsonaro e Moro já estava selado há muito tempo. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o militar disse que o juiz já havia sido sondado durante a campanha do candidato do PSL. “Isso já faz tempo, durante a campanha foi feito um contato”, afirmou.

Foto: PADGURSCHI /FOLHAPRESS

Veja abaixo as manifestações dos parlamentares:

 

Paulo Pimenta‏ (RS): “A operação Mãos Limpas na Itália levou Berlusconi a governar a Itália. A #LavaJato levou Bolsonaro a ser eleito presidente. Mas os juízes e procuradores italianos tiveram pudor e não foram para o ministério de Berlusconi.”

Zeca Dirceu (PR): “Máscaras caindo, Moro prova que nunca foi imparcial, prova que tem lado. A obrigação de um juiz é ser imparcial. Agora o Lula Livre será ainda mais forte.”

Margarida Salomão (MG): “Confirma-se o óbvio: Moro e Bolsonaro já tinham um acordo. A ilegal quebra de sigilo da delação de Palocci foi só mais uma ação política do juiz, com vistas a prejudicar a candidatura Haddad. Com Moro, não haverá Ministério da Justiça, e sim Ministério da Perseguição Política. O Brasil teria eleito Lula presidente não fosse a perseguição política imposta contra ele por Sergio Moro. Já não há mais dúvida de sua parcialidade. Há a certeza de que agiu motivado por seus preconceitos e em busca de vantagens pessoais. Agora está mais do que claro que Moro condenou Lula em busca de vantagens pessoais. Ele nunca quis fazer justiça. Ele se torna beneficiário dos julgamentos que fez. É a própria desmoralização da ética pública.”

Erika Kokay (DF): “Moro confirma o golpe e aceita ser ministro da Justiça de Bolsonaro. Pode isso, @STF_oficial? Moro pode ser superministro de um presidente que se elegeu defendendo que Lula apodreça na cadeia, que vai varrer a bandidagem vermelha, prender e exilar opositores e “fuzilar a petralhada”. Não, realmente, nunca se tratou de perseguição, né? Como superministro da Justiça, Moro será o responsável por colocar em prática o plano do Bolsonaro de prender, exilar e metralhar opositores? Em qualquer democracia do mundo, Moro como ministro de Bolsonaro seria um escândalo, pois ele atuou diretamente p/ influenciar as eleições de 2018 ao prender o principal líder político do País. Mas vale tudo no Brasil de instituições submissas ao absurdo.”

Jorge Solla (BA): “Foi tudo uma farsa, a Lava-Jato foi uma farsa comandada por um juizeco que prendeu o líder das pesquisas para ganhar a eleição e tomar o poder. O objetivo nunca foi combater a corrupção. Usam da boa fé do povo brasileiro. Moro é o maior inimigo da nação. Moro criminoso, que forjou provas para condenar @LulaOficial, agora terá superpoderes num ministério (COAF, PF e CGU) para seguir na sua ilegal perseguição política. A Gestapo brasileira tentará fazer o que Bolsonaro prometeu, ‘exterminar os vermelhos’. Não temos medo, resistiremos! A liberdade do presidente @LulaOficial precisa ser imediata. O que esse juizeco fez hoje foi deixar claro que perseguiu para chegar ao poder. Já havia sido convidado “há muito tempo”, segundo Mourão, para ser ministro. Agiu com a caneta de juiz para virar político.”

Bohn Gass (RS): “Ele agiu politicamente o tempo todo. Alguém, por favor, diga ao Moro que a Presidência é uma função política. E que, portanto, o cargo de ministro dessa Presidência é PO-LÍ-TI-CO. E que para fazer política não é preciso ser filiado a partido. Aliás, não precisa esclarecer. Moro sabe. Ele fez política o tempo todo.”

Décio Lima (SC): “Moro condenou Lula sem provas para impedi-lo de disputar as eleições. A justiça no Brasil é partidária. Vergonha! Libertem Lula! Ministros do Supremo Tribunal Federal. Anulem a condenação do Lula e concedam a ele a liberdade. As razões da prisão sem provas foram escancaradas: Moro aceita convite para exercer o cargo de ministro da justiça de Bolsonaro!”

Marco Maia (RS): “O parcial de Curitiba condena e prende Lula que liderava todas as pesquisas de intenção de voto. Moro divulga delação que prejudica Haddad, que substituiu Lula. E como recompensa das duas ações anteriores, Moro vira ministro de Bolsonaro. Parabéns cabo eleitoral de Bolsonaro! Aceitar esse convite só mostra que já estava tudo combinado antes mesmo das eleições.”

Reginaldo Lopes (MG): “Moro se assumiu e a máscara de imparcial caiu. O juiz impediu aquele que mais fez pelos pobres, pelos negros, LGBT’s e mulheres para ser do governo de quem sempre ofendeu os pobres, os negros, LGBT’s e mulheres. Ele e Bolsonaro se merecem. Quem não merece é o Brasil!”

José Guimarães (CE): “Moro aceita convite de Bolsonaro para comandar o Ministério da Justiça” – G1. Era tudo que podia acontecer. Fica claro o caráter político da Lava Jato.”

Zé Geraldo (PA): “Moro desmoronou-se de vez. Quem é mesmo o juiz parcial? Fez o que fez por um cargo de ministro. Não só entrou como vai trabalhar ao lado de vários ministros corruptos e um condenado.”

Leo de Brito(AC): “Tenho que tirar o chapéu pra esse Sergio Moro. O cara fez um plano perfeito pra chegar ao poder. Pelo menos agora sabemos quem ele é realmente: um político. Sem escrúpulos, diga-se de passagem. Os fins vão continuar justificando os meios? A ida de Sérgio Moro para o governo Bolsonaro está causando perplexidade no Poder Judiciário brasileiro. É prova cabal de sua parcialidade e de seu ativismo político. De como o ativismo judicial pode ser usado para ascender ao poder. Vale tudo mesmo!”

Adelmo Leão (MG): “O aceite não deixa dúvidas sobre a parcialidade do juiz Moro. A prisão do Lula foi política, está aí a confissão de culpa do Moro.”

Wadih Damous (RJ): “Moro será o pilar do estado policial-fascista brasileiro. Mas também carregará para sempre a pecha de juiz parcial e sem isenção. Ele tem que se afastar ou ser afastado imediatamente dos processos da Lava Jato, em particular os que envolvem o ex-presidente Lula.”

Carlos Zarattini‏ (SP): “Para impor o programa neoliberal radical de Paulo Guedes, vai ser preciso destruir as organizações populares e os partidos de esquerda. Esse é o objetivo da nomeação de Moro no Ministério da Justiça. A indicação de Moro para o Ministério não só revela o quanto ele atuou para a derrota do PT, mas também indica a natureza de perseguição do Governo Bolsonaro contra os que lutam em defesa do povo e do Brasil.”

Pepe Vargas (RS): “Após indícios de que decisões do juiz Sérgio Moro na Lava Jato contra o ex-presidente Lula tiveram motivação política, o vice-presidente eleito, General Mourão, confirma que indicação do juiz para integrar o governo foi negociada na campanha.”

Pedro Uczai (SC): “Moro, que criminalizou a política, aceitou ser político e renunciou ao seu papel no Judiciário. O golpe à democracia – com a participação do parlamento – foi premiado com sua indicação ao Ministério da Justiça. Mais um golpe ao Estado Democrático de Direito.”

João Lula Daniel (SE): “O tempo revela verdadeiras intenções. Ou o #Moro mudou tão rapidamente de opinião?”

Maria do Rosário (RS): “É antiético o juiz ter benefício político de suas sentenças. Moro prendeu Lula, impediu habeas corpus e barrou sua candidatura. Será Ministro de quem foi favorecido por isso. Bolsonaro anunciou prisão de opositores. Moro já prendeu. Quando começa a parte de ‘metralhar petralhas? As razões do juiz para aceitar cargo político subordinado não convencem. Combate à corrupção é discurso fake para perseguir oposição. Cazuza pra lembrar: “Quem paga pra gente ficar assim? …qual é o teu negócio, o nome do teu sócio… 1987.”

Ana Perugini‏ (SP): “Essa notícia nos coloca a pensar. Sérgio Moro teria mesmo sido imparcial ao quebrar o sigilo e divulgar, infringindo a Constituição, o diálogo entre @LulaOficial e @dilmabr em 2016? Houve mesmo isenção do juiz ao liberar a delação de Palocci? E quanto à perseguição a Lula?”

Rubens Otoni (PT-GO): “A indicação do juiz Sérgio Moro para compor o governo de Jair Messias Bolsonaro escancara o golpe! “Caiu a máscara! E fica claro que houve articulação política de Moro, de setores do Judiciário, para impedir que Lula fosse candidato e vencesse a eleição”.

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