Erika quer ouvir ex-integrantes do Conselho de Direitos Humanos de MG

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Na perspectiva de lançar luz sobre o período da ditadura militar no Brasil, a deputada Erika Kokay (PT-DF) apresentou, na quinta-feira (21), requerimento para que o ex-coordenador da Comissão de Indenização às Vítimas de Tortura do Conselho Estadual de Direitos Humanos de Minas Gerais (Conedh-MG), Robson Sávio, seja ouvido na Comissão Memória, Verdade e Justiça da Câmara dos Deputados. Erika também quer convidar o ex-ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e os ex-presos políticos Gilberto Vasconcelos e Emely Salazar para que possam ajudar a resgatar este momento da história brasileira.

O requerimento foi motivado pela série de reportagens do Correio Braziliense e do Estado de Minas, que trazem revelações importantes sobre os porões da ditadura em Minas Gerais. Os convidados são fontes das reportagens feitas a partir de documentos inéditos obtidos no prédio do Conedh-MG. Ao todo, são quase mil processos, que mostram o horror das torturas sofridas pelos jovens que lutaram pela democracia neste País.
 
“São informações de grande relevância e que, mesmo tendo sido mantidas distantes da opinião pública até o momento, podem contribuir de forma decisiva para a completa elucidação do que efetivamente ocorreu com inúmeros presos políticos, cujos paradeiros ou cujas circunstâncias em que foram mortos até hoje permanecem ignoradas”, defendeu Erika, que é vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias e integrante da Comissão Memória, Verdade e Justiça da Câmara.
 
Um dos testemunhos mais avassaladores do arquivo é o da presidenta Dilma Rousseff, brutalmente torturada em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais. Então secretária de Minas e Energia do Rio Grande do Sul, em 2001, Dilma Rousseff revelou de forma inédita um pouco do seu sofrimento ao então pesquisador Robson Sávio.
 
As torturas enfrentadas pela jovem estudante, que quase trinta anos depois seria eleita a primeira presidenta do Brasil, incluíram sessões de pau-de-arara, palmatória, choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária.

Durante discurso em Plenário nesta quinta, Erika prestou solidariedade à presidenta Dilma e enfatizou a importância de conhecer o passado do País.
 
“A história brasileira não pode mais ser negada. É preciso que nós tenhamos o conhecimento dela, para que possamos reconstruí-la. É preciso, também, que façamos com que o Estado volte ao povo brasileiro, num exercício de construção permanente e cotidiana da própria democracia”, frisou Erika.
 
Monitoramentos – A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também quer obter mais informações sobre o suposto monitoramento da presidenta Dilma Rousseff e de aproximadamente 308 mil pessoas, sindicatos e partidos durante o governo de José Sarney (1985-90), conforme denunciou o jornal Folha de São Paulo, na edição de quinta-feira (21).  Para isso, a parlamentar pretende apresentar à Mesa Diretora um requerimento pedindo informações à Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
 
De acordo com os documentos do Arquivo Nacional, Dilma teria sido monitorada não apenas durante a ditadura militar (1964-85), quando foi presa e torturada, mas durante todo o governo Sarney. Para a deputada, isso evidencia que a ruptura do regime militar não foi imediata. “É importante que a Abin se posicione sobre essa informação. Esse é um dado importante para que a gente tenha exata noção de que não houve o fim formal da ditadura. Enquanto não se fechar seus ciclos, vamos nos deparar com pedaços dela ao longo do caminho”, afirmou Erika.

Assessoria Parlamentar

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