Foto: Assessoria Parlamentar
A reunião desta terça-feira (24) entre os líderes da base aliada e os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; da Previdência, Carlos Gabas e das Relações Institucionais, Pepe Vargas, apontou para um grande entendimento entre o Governo e o Congresso Nacional acerca das propostas sobre o ajuste fiscal, em tramitação na Casa. Essa é a avaliação do Líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), um dos articuladores do encontro.
“Primeiro é importante destacar a manifestação de agradecimento do ministro Joaquim Levy, que reconheceu publicamente o esforço que os líderes da base vêm fazendo, sinalizando para acordo em torno do ajuste Fiscal. Ele (Levy) reconheceu o trabalho, o empenho e as votações ocorridas aqui na Câmara. Ele avalia que estamos agindo com todo cuidado para fazermos os ajustes necessários para a retomada do crescimento”, afirmou Guimarães.
De acordo com o líder do governo, o ministro apontou também como ponto importante para o momento político e econômico que o país está vivendo, a manutenção da nota do Brasil pela agência internacional de risco Standard and Poor’s, que manteve a nota de crédito de longo prazo do Brasil em moeda estrangeira como grau de investimento “BBB-” .
“O ministro considerou significativo para o Brasil e para a relação da economia brasileira com o mundo, a confiança dos investidores de que não haverá nenhum descontrole”, destacou.
Questionado sobre se as ações do governo, em conjunto com a base aliada, influenciarem para a manutenção da nota brasileira, Guimarães foi taxativo: “Claro que influenciaram. A manutenção dos vetos nas votações da semana retrasada, a retirada de pauta da proposta de indexação do salário mínimo e a votação do Orçamento. São três fatos muito relevantes que de per si (isoladamente), não resolvem, mas ajudam nesse esforço coletivo”, afirmou o líder do governo.
Guimarães destacou a relação que vem sendo travada entre o governo e o Congresso. Ele frisou que, nos últimos dias, já houve vários encontros entre as equipes econômica e política do governo com os parlamentares e líderes da Casa. “É importante a relação que ele (Levy) está mantendo com a Câmara. Portanto, essa é a sinalização para esse ambiente conturbado. O ministro da Fazenda ressalta, como nós da base, que demos uma importante contribuição para a retomada do debate no conjunto das iniciativas”, reafirmou.
Centrais – Guimarães relatou que está sendo construída uma agenda de diálogo com as centrais sindicais para os dias 6,7, 8 e 9 de abril. Em relação às medidas provisórias que tratam dos direitos trabalhistas e previdenciários, o debate já está sendo feito, garantiu Guimarães.
Sobre o salário mínimo, o líder do governo adiantou que de hoje até amanhã a base aliada pretende chegar a um entendimento sobre a questão. “Nós vamos buscar um entendimento sobre o salario mínimo porque o governo tem um compromisso com a política de reajuste de ganho real dos trabalhadores no Brasil. Vamos buscar soluções para promover o acordo para aprovar o ajuste”, enfatizou.
Jose Guimarães reafirmou que a “espinha dorsal” dos direitos trabalhistas será mantida. “Vamos manter os a espinha dorsal, mas é preciso rearrumar, moralizar, fazendo algumas modificações para corrigir distorções dos benefícios da previdência social”, finalizou.
Benildes Rodrigues