A presidenta Dilma Rousseff foi à Bahia, na manhã desta sexta-feira (13), para participar de dois eventos no município de Maragogipe, na Região Metropolitana de Salvador, a cerca de 130 quilômetros da capital. Em um deles, para lançar a pedra fundamental do Estaleiro Enseada do Paraguaçu S.A (EEP).O outro, para batizar a plataforma P-59 da Petrobras, no canteiro de São Roque do Paraguaçu.
O governador Jaques Wagner, a presidenta da estatal, Maria das Graças Foster, e diversos parlamentares acompanham a presidenta da República.
Segundo o deputado Luiz Alberto (PT-BA), os dois eventos são de importância estratégica para o Brasil, em especial para a Bahia, demonstrando que “ o Recôncavo baiano vive um novo ciclo de desenvolvimento”. Ele observou que desde 2003, com o governo Lula, e agora, com Dilma, a região passa por um processo de geração de emprego e renda que está mudando o cenário local. Ele lembrou que há cinco anos, com Lula, foi inaugurada a Universidade Federal do Recôncavo naquela região. “Agora, trata-se do polo da indústria naval, uma tradição da Bahia, agora retomada no Governo Jaques Wagner”, disse.
Construída dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a P-59 é uma plataforma de perfuração autoelevatória que pode operar em locais onde a profundidade de água varia de 10 a 106 metros. Unidades autoelevatórias similares não eram construídas no país há cerca de 30 anos.
O equipamento tem capacidade de perfurar poços de até 9.144 metros de comprimento, em condições de alta pressão e temperatura, e, assim que entrar em operação, em setembro, será alocado inicialmente no poço exploratório Peroá Profundo, localizado no campo de Peroá, na costa do Espírito Santo. No canteiro de São Roque do Paraguaçu está sendo construída outra unidade, a P-60, idêntica à P-50, que deve ser batizada em novembro, segundo a diretoria da Petrobras.
Cada plataforma vai custar cerca de US$ 360 milhões à estatal petroleira. Os contratos para a construção das duas foram assinados em setembro de 2008. A P-59 e a P-60 foram projetadas para atender aos cronogramas operacionais de exploração e produção da Companhia nos próximos anos e dar suporte à eventual estratégia de incorporação de novos blocos exploratórios em águas rasas, dependente ainda de leilões da ANP.
De acordo com o gerente geral de construção e manutenção de poços-sondagem autoeletória, José Cardoso Júnior, o custo de operação de um plataforma deste tipo, no mercado internacional, varia entre US$ 150 mil e US$ 200 mil por dia.
Segundo a Petrobras, as obras geraram cerca de 2.100 empregos diretos no pico da construção, em junho de 2011. Deste total, 50% são oriundos do Recôncavo Baiano, 25% de São Roque, 15% de outros locais da Bahia e 10% de outros estados.
PLATAFORMA – A P-59 é composta por um casco flutuante que pesa cerca de 11 mil toneladas, com três pernas retráteis independentes de 145 metros de altura cada e que podem movimentar-se para cima e para baixo por meio de sistema elevatório próprio. Será posicionada nas locações por rebocadores e as pernas serão apoiadas no leito marinho. Depois de fixada, a unidade permanece acima do nível da água, deixando o casco e os equipamentos de perfuração longe da movimentação das ondas do mar.
Os equipamentos de perfuração da P-59 serão montados no convés de perfuração, numa estrutura móvel retrátil que pode ser estendida para fora da plataforma. Isso permite o movimento da torre de perfuração tanto no sentido longitudinal como no transversal. Permite, também, a perfuração de um conjunto de poços sem que seja necessário realocar a plataforma.
Equipe PT na Câmara, com agências
