Desastre ambiental com Bolsonaro: desmatamento cresceu 20,1% em 2021 e atingiu todos os biomas

PT Nacional- Mayke Toscano/Gcom-MT

Num contexto de esvaziamento dos órgãos de controle e de falta de políticas de proteção ambiental, o desmatamento no Brasil segue crescendo e provocando estragos em todos os biomas. Apenas em 2021, foram devastados 16,5 mil km², crescimento de 20,1%% com relação ao ano anterior.

Nos últimos três anos (2019-2021), o Brasil perdeu quase um Estado do Rio de Janeiro de vegetação nativa. Ou três vezes a área do Distrito Federal. Com a omissão completa do desgoverno Bolsonaro, a velocidade média de desmatamento no país também aumentou: passou de 0,16 hectare por dia, para cada evento detectado em 2020, para 0,18.

Os dados são do Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, iniciativa do Observatório do Clima, executada em parceria com ONGs, universidades e empresas de tecnologia. O relatório traz ainda a informação preocupante de que, do total devastado, 5,3% estavam em áreas protegidas, 3,6% em unidades de conservação e 1,7% em terras indígenas. Das terras indígenas, 40,5% tiveram ao menos um registro de desmate.

Criminosos sob a guarida do governo Bolsonaro

Todos os biomas sofreram com o desmatamento. A Amazônia teve o maior território afetado: 59% do total. Em seguida vêm o  Cerrado (cerca de 30%), Caatinga (7%), Mata Atlântica (1,8%), Pantanal (1,7%) e Pampa (0,1%). A estimativa é de que na Amazônia 18 árvores sejam derrubadas por segundo, segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo. Os criminosos ambientais – agropecuaristas, garimpeiros e mineradoras, por exemplo – têm agido livremente em todo o País desde a posse de Bolsonaro.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o coordenador do MapBiomas,Tasso Azevedo, disse que os dados “indicam que há um problema crônico e se agravando em todas as regiões do Brasil”.

Folha de S. Paulo conta que, em todo o país, foram cerca de 191 novos eventos de desmatamento por dia.  O jornal ressalta também que apenas 1% das ações de desmate é legal, segundo o Mapbiomas.

Segundo reportagem do portal G-1, a  agropecuária foi responsável por quase todo o desmatamento do País, com percentuais acima de 97%. Outros vetores relevantes, de acordo com o RAD, são o garimpo, mineração, expansão urbana e outras causas. “97% do desmatamento em geral aconteceu por conta da conversão da floresta para atividade agropecuária, seja pecuária, seja agricultura. Depois vem garimpo, o segundo grande motivo.

Segundo o relatório, “foram mais de 997 mil hectares de vegetação nativa destruídos no ano passado – um crescimento de quase 15% em relação aos 851 mil hectares desmatados em 2020 que, por sua vez, já haviam representado um aumento de 10% em relação aos 771 mil hectares de desmate em 2019”. Um cenário de terra arrasada sem nenhuma ação de contenção por parte do governo militar Bolsonaro.

“O Brasil não precisa derrubar uma árvore”

Em conversas sobre o Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem destacado a importância do desenvolvimento sustentável,  com respeito ao meio ambiente, às áreas de proteção ambiental e às terras indígenas. Lula já disse em diferentes ocasiões, por exemplo, ser contrário a garimpo em terras indígenas.

Em entrevistas, Lula tem dito que a questão ambiental é crucial e que qualquer produtor que tenha compromisso com o Brasil sabe que, para continuar vendendo seus produtos no exterior, é preciso combinar a capacidade produtiva com a capacidade de preservação ambiental.

“O Brasil não precisa derrubar uma árvore. O Brasil tem terras degradadas, terras abandonadas que podem ser recuperadas para plantar o que quiser, criar gado, plantar soja, plantar milho, sem ofender a floresta”, disse recentemente.

 

Redação PT na Câmara com site www.Lula.com.br e agências

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