O coordenador do Conselho Estratégico Social da Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19 (Vida e Justiça), deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), o presidente da Associação Nacional dos Defensores e Defensoras Públicas Federais, Eduardo Cassuga, e o defensor nacional dos direitos humanos da Defensoria Pública da União, André Ribeiro Porciúncula, foram recebidos no Senado Federal pelo relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e pelo integrante do colegiado investigativo senador Humberto Costa (PT-PE).
Foi entregue aos senadores um documento elaborado pela Associação Vida e Justiça reafirmando a importância dos trabalhos da CPI, pedindo a responsabilização dos gestores públicos federais que negligenciaram ações de enfrentamento a pandemia e solicitando apoio para aprovação de leis que estabelecem políticas públicas às vítimas diretas e indiretas da Covid-19 no pós-pandemia. A intenção é que o senador Renan Calheiros incorpore as contribuições no seu relatório, que deve ser entregue ao final das investigações da CPI.
“A CPI cumpre um papel importante de resgatar a verdade sobre os quase 600 mil mortos pela Covid-19 no Brasil. A CPI aprofunda as investigações e tem o nosso apoio para responsabilizar aqueles que negaram aqui no País a vacina e as medidas de prevenção adotadas pela comunidade internacional. A Vida e Justiça busca junto à CPI a reparação das vítimas diretas e indiretas da Covid-19 e de modo especial aqueles que tem graves sequelas em função de ter contraído a doença,” destacou Pedro Uczai.
Na conversa com os membros da CPI, o parlamentar também solicitou apoio à seis projetos de leis de sua autoria que tramitam na Câmara para fazer ajustes na tributação, taxar altas rendas e grandes patrimônios, vinculando parte da arrecadação aos programas públicos de atendimento às vítimas da Covid-19. Os projetos foram elaborados com a participação de integrantes da campanha “Tributar os Super-Ricos,” formada por mais de 70 entidades de todo o país que prevê arrecadar cerca de R$ 300 bilhões tributando apenas os 0,3% mais ricos da população.
“O meu sentimento é muito positivo em relação ao processo investigatório no Senado Federal. A CPI será concluída em meados de outubro ouvindo relatos de vítimas que sobreviveram a doença e vítimas indiretas que perderam familiares e pessoas próximas. Considero isso fundamental pelo direito à memória das pessoas. São quase 600 mil vidas perdidas para uma doença: era o pai, a mãe, o irmão, o tio, a vó, o vô, o filho, o sobrinho, cada um com a sua história. Não podemos aceitar que se tornem apenas estatísticas,” conclui Uczai.
Assessoria Parlamentar