Considerado o grande arrecadador de caixa dois a serviço do PSDB, o engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo “Preto”, foi convocado a se explicar na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a rede criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira.
A convocação foi aprovada nesta quinta-feira (5), em uma reunião que aprovou também os depoimentos do ex-presidente da empreiteira Delta Fernando Cavendish, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Pagot e o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT).
Paulo “Preto” é acusado por Luiz Antônio Pagot de fazer caixa dois para o PSDB paulista com recursos do Dnit. O engenheiro é antigo conhecido por seus negócios sujos a serviço dos tucanos. É acusado inclusive de fugir com 4 milhões arrecadados para um caixa dois do PSDB e depois embolsar a quantia.
O relator da comissão, deputado Odair Cunha (PT-MG), defendeu a convocação de Paulo Preto, com base em entrevista de Pagot à revista IstoÉ, em abril. “O Pagot imputa ao Paulo ‘Preto’ a prática de um crime”, afirmou Odair.
Outros depoimentos foram aprovados nesta quinta pela CPI, como do empresário paulista Adir Assad, que atua nos segmentos de construção civil e eventos, dono de empresas pelas quais teriam transitado recursos da Delta e da ex-mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira, Andréa Aprigio.
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