Aberto ao público, o evento destina-se a jogar luz sobre um assunto com múltiplas incidências nos direitos humanos. A humilhação está associada à tortura, ao abuso sexual, a todo o tipo de assédio, preconceitos e arbitrariedades contra grupos sociais e indivíduos vulneráveis. O fenômeno está presente nas relações familiares, de trabalho e outras.
A humilhação vem sendo empregada como arma de guerra em conflitos armados, sobretudo conflitos que se fundamentam em rivalidades étnicas. Foi o caso da Bósnia, da Somália e nos escabrosos episódios que envolveram soldados americanos e presos de guerra em Abu Ghraib, no Iraque. A violação da dignidade humana e o emprego da humilhação, inclusive a prática do estupro em massa, têm se tornado lugar comum nos conflitos armados internacionais.
Evelyn Lindner vem ao Brasil no momento em que a busca da verdade, o resgate da memória histórica e a demanda por justiça sobre as violações de direitos humanos por agentes do Estado na ditadura de 1964 destacam-se na agenda nacional, com a instalação da Comissão Nacional da Verdade e os trabalhos da Comissão Parlamentar Verdade, Memória e Justiça (vinculada à CDHM). A pesquisadora abordará a questão da tortura em processos políticos, como no caso da ditadura civil-militar.
A conferencista já publicou quatro obras sobre o assunto.
Assessoria da Comissão