Campanha da Fraternidade: Petistas afirmam que o combate à fome é prioridade do governo Lula

Divulgação/CNBB

O Papa Francisco enviou sua mensagem ao Brasil por ocasião da Campanha da Fraternidade 2023. Seu desejo expresso no texto é que a reflexão sobre o tema da fome, proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aos católicos brasileiros no Tempo da Quaresma, seja “uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome”.

Na mensagem, o Papa destaca que ainda hoje, ‘milhões de pessoas sofrem e morrem de fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável”, disse o Papa, recordando um discurso aos Movimentos Populares, em 2014. (veja a íntegra da mensagem do Papa no final da matéria)

Parlamentares da Bancada do PT usaram suas redes sociais para destacar a importância da Campanha da Fraternidade 2023, lançada oficialmente na manhã desta quarta-feira (22), com o tema “Fraternidade e Fome”. “Infelizmente essa mazela (fome) voltou ao nosso País depois de muitos anos”, lamentou o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE). Ele afirmou que o presidente Lula, junto aos seus ministros, tem o objetivo de tirar o Brasil novamente do mapa da fome. “Essa vergonha precisa ser estirpada da vida dos brasileiros”, completou.

Na avaliação do deputado Alencar Santana Braga (PT-SP), a mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2023 está em sintonia perfeita com o principal objetivo do governo Lula: acabar com a fome no Brasil! “A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável”, afirmou.

Prioridade

O deputado Odair Cunha (PT-MG) reiterou que a prioridade do governo Lula é garantir uma alimentação digna a todos. “Mas é importante também, à luz do Evangelho, que cada um faça a sua parte. Não nos deixemos levar pela cultura da indiferença. Que a caridade e o espírito fraterno estejam sempre presentes em nossos corações”.

Odair Cunha relembrou que são mais de 33 milhões de pessoas em situação de fome em nosso País. “Infelizmente nos últimos anos, com a total ausência de políticas públicas, o Brasil voltou a aparecer no Mapa da Fome da ONU, por isso, neste tempo de Quaresma – período de reflexão, caridade, jejum e oração –, a CNBB chama a todos a considerar o combate à fome como propósito de conversão”, frisou.

A deputada Ana Paula Lima (PT-SC) ao falar sobre o início da Quaresma, e da Campanha da Fraternidade de 2023, citou a frase do Papa Francisco que diz que “para a humanidade, a fome não é só uma tragédia, mas também uma vergonha”.

Já o deputado Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) afirmou que “a cultura da indiferença precisa ser superada”.  Ele também lembrou dos milhares de brasileiros que passam fome no País e reforçou que o tema da Campanha da Fraternidade de 2023 é também a prioridade no governo Lula. “É uma questão humanitária”, completou.

E o deputado Enio Verri (PT-PR), ao falar da Quaresma e da Campanha da Fraternidade, enfatizou que esse é o período de devoção com orações e jejuns, caridade e penitência. “Peço que as orações e caridade se voltem para as vítimas das tragédias das chuvas no País”.

Os deputados Helder Salomão (PT-ES), Florentino Neto (PT-PI) e Padre João (PT-MG) e Rubens Otoni (PT-GO) também comentaram sobre a Campanha da Fraternidade e da reflexão do Papa Francisco sobre a fome.

 

Veja o vídeo:

 

Confira o texto na íntegra:

 

Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2023

 

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Todos os anos, no tempo da Quaresma, somos chamados por Deus a trilhar um caminho de verdadeira e sincera conversão, redirecionando toda a nossa vida para Ele, que “amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). Ao preparar-nos para a celebração dessa entrega amorosa na Páscoa, encontramos na oração, na esmola e no jejum, vividos de modo mais intenso durante este tempo, práticas penitenciais que nos ajudam a colaborar com a ação do Espirito Santo, autor da nossa santificação.

Com o intuito de animar o povo fiel nesse itinerário ao encontro do Senhor, a Campanha da Fraternidade deste ano propõe que voltemos o nosso olhar para os nossos irmãos mais necessitados, afetados pelo flagelo da fome. Por outro lado, descartam-se toneladas de alimentos. Isto constitui um verdadeiro escândalo. A fome é criminosa, a alimentação é um direito inalienável” (Discurso no encontro com os Movimentos Populares, 28/X/2014)

A indicação dada por Jesus aos seus apóstolos “Dai-lhes vos mesmos de comer” (Mt 14, 16) é dirigida hoje a todos nós, seus discípulos, para que partilhemos – do muito ou do pouco que temos – com os nossos irmãos que nem sequer tem com que saciar a própria fome. Sabemos que indo ao encontro das necessidades daqueles que passam fome, estaremos saciando o próprio Senhor Jesus, que se identifica com os mais pobres e famintos: eu estava com fome, e me destes de comer… todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes” (Mt 25, 35.40).

É meu grande desejo que a reflexão sobre o tema da fome, proposta aos católicos brasileiros durante o tempo quaresmal que se aproxima, leve não somente a ações concretas – sem dúvida, necessárias – que venham de modo emergencial em auxilio dos irmãos mais necessitados, mas também gere em todos a consciência de que a partilha dos dons que o Senhor nos concede em sua bondade não pode restringir-se a um momento, a uma campanha, a algumas ações pontuais, mas deve ser uma atitude constante de todos nós, que nos compromete com Cristo presente em todo aquele que passa fome.

Desejo igualmente que esta conscientização pessoal ressoe em nossas estruturas paroquiais e diocesanas, mas também encontre eco nos órgãos de governo a nível federal, estadual e municipal, bem como nas demais entidades da sociedade civil, a fim de que, trabalhando todos em conjunto, possam definitivamente extirpar das terras brasileiras o flagelo da fome. Lembremo-nos de que “aqueles que sofrem a miséria não são diferentes de nós. Têm a mesma carne e sangue que nós. Por isso, merecem que uma mão amiga os socorra e ajude, de modo que ninguém seja deixado para trás e, no nosso mundo, a fraternidade tenha direito de cidadania” (Mensagem para o Dia Mundial da Alimentação, 16/X/2018, n. 7).

Confiando estes votos aos cuidados de Nossa Senhora Aparecida e como penhor de abundantes graças celestes que auxiliem as iniciativas nascidas a partir da Campanha da Fraternidade, concedo de bom grado a todos os filhos e filhas da querida nação brasileira, de modo especial aqueles que se empenham incansavelmente para que ninguém passe fome, a Benção Apostólica, pedindo que continuem a rezar por mim.

 

Roma, São João de Latrão, 21 de dezembro de 2022.

 

Franciscus

 

Vânia Rodrigues, com site da CNBB

 

 

 

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