O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), lembrou nesta quinta-feira os oito anos do assassinato do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT.
Em pronunciamento no plenário, o parlamentar disse que a investigação sobre o assassinato do antigo prefeito foi confusa desde o início e que os policiais envolvidos no caso eram acusados de manter conexões com o crime em Campinas. Berzoini afirmou que uma das coisas que até hoje incomoda a viúva de Toninho, Roseana Garcia, e a direção do PT, é a recusa dos promotores estaduais em investigar a hipótese de crime encomendado. Ao registrar a trajetória política de Toninho do PT, desde sua filiação ao partido, em 1981, até sua morte classificada como “sem motivo e sem causa”, Berzoini lembrou que esta é uma data triste para o Partido dos Trabalhadores.
“Toninho enfrentou interesses poderosos na cidade, desde sua juventude. Eleito prefeito, renegociou o contrato de lixo, o contrato de segurança terceirizada e municipalizou a merendar escolar. Além disso, contrariou o interesse daqueles que faziam especulação imobiliária tão combatida por ele”, lembrou o deputado.
Em nome do PT, Berzoini manifestou a saudade e o reconhecimento do partido ao trabalho de militante do prefeito assassinado. “A nossa solidariedade à família e a certeza de que, lamentavelmente, em São Paulo houve vontade política de muitos de que não se apurasse esse crime para não se chegar à conclusão de que Toninho foi efetivamente assassinado por contrariar interesses poderosos em Campinas. Viva Toninho, um símbolo do PT e da Cidade de Campinas”, finalizou Berzoini.