Organizada pelas comissões de Minas e Energia e de Integração Nacional, a audiência pública sobre os impactos econômicos e sociais da exploração e produção de petróleo na região da Foz do Rio Amazonas foi “um importante momento para tirar dúvidas e debater sobre os desafios e perspectivas para um investimento tão grande”. A avaliação é da deputada Dalva Figueiredo (PT-AP), uma das propositoras da realização da audiência.
Presidida pelo deputado Luiz Alberto (PT-BA), a audiência serviu para esclarecer e levantar pontos como geração de emprego, estrutura necessária, investimentos, impactos ambientais, segurança e prazos.
Luiz Alberto lembrou que essa é uma experiência nova para a região da Amazônia. “Com essa 11ª rodada, quando empresas de grande porte adquiriram blocos exploratórios ,cria-se uma expectativa muito grande de desenvolvimento”, afirmou. O deputado fez referência à 11ª Rodada de Licitações de Blocos para Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural no Brasil, realizada em maio pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) que arrecadou em lances mais de R$ 750 milhões com oito blocos na bacia da Foz do Amazonas.
Cláudia Rabello, superintendente de promoção de licitações da ANP, explicou que por ser uma atividade de risco, é preciso ter cautela. “Essa atividade pode parar ao final do prazo exploratório ou ter uma continuidade de 27 anos e, aí sim, se desdobra em desenvolvimento econômico muito grande para a região”, observou.
De acordo com a representante da ANP, a fase exploratória é um primeiro passo que já traz impactos positivos. “De qualquer forma o estado já tem que se preparar para dar para essa indústria o suporte necessário para que isso realmente aconteça no estado”, disse.
As características geológicas da região da Foz do Amazonas exigem que a exploração seja feita em níveis mais profundos, para detecção da existência de petróleo, o que requer uma maior capacitação tecnológica das empresas operadoras. Além disso, a região também é caracterizada pela forte influência de correntes marítimas intensas, outro fator que dificulta a atividade de prospecção.
Recentes descobertas na costa oeste da África e na Guiana Francesa aumentaram as expectativas em relação aos resultados da exploração na margem equatorial brasileira, incluindo a Foz do Amazonas, no Amapá.
“Esse é o primeiro encontro e já estabelecemos uma agenda de debates para acompanhar os desdobramentos”, disse Dalva Figueiredo.
Leia mais: “Leilão de petróleo na Foz do Rio Amazonas é bom para o Amapá”, garante Dalva
Jonas Tolocka