“As cooperativas são as sociedades de pessoas, não de capital, a princípio. São pessoas que, não podendo alcançar determinados objetivos individualmente, se unem em torno de uma sociedade cooperativa para, aí sim, alcançar seus objetivos em diversas áreas como da economia aos serviços e áreas sociais”, explicou.
De acordo com o parlamentar petista, para o sucesso de uma cooperativa o capital é importante, mas não é imprescindível. “Ou seja, após a organização das pessoas é que pode haver resultados econômicos”, ressaltou Assis do Couto.
Durante seu discurso, o petista lembrou sua experiência na formação de uma cooperativa no início dos anos 90, que deu origem ao Sistema Cresol, de crédito cooperativo. “Começamos com cinco pequenas cooperativas em cidades do Paraná e, na época, mais de 70% dos associados nunca tinham tido acesso a serviço bancário e 80% nunca tinham tido financiamento de investimento em sua propriedade”, disse.
Assis do Couto observou que, atualmente, as cooperativas do Sistema Cresol já estão se expandindo em todo o País, com mais de 200 mil famílias associadas. Ele frisou que o sistema conseguiu mudar a realidade de milhares de famílias, principalmente, no Paraná e nos outros estados do Sul. “ Melhorou a renda, a qualidade de vida, o acesso a recursos públicos, fazendo com que a poupança e a economia geradas no município fiquem nele mesmo”, comentou.
“E é importante que a União, os estados e os municípios entendam que cooperativa não tem lucro; tem sobras, que, ao final do exercício, devem ser distribuídas entre os associados conforme decisão da assembleia. Em caso de prejuízo, o prejuízo também tem que ser distribuído entre os associados, no final do exercício. É uma questão de responsabilidade comum. Isso é cooperativismo”, disse.
Gizele Benitz