Debatedores destacam dificuldades em torno de informações sobre período ditatorial

A demora do Brasil em discutir e tornar pública a Operação Condor, aliança política militar entre os regimes ditatoriais da Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, com a cooperação dos Estados Unidos, nas décadas de 60 e 80, foi destacada  pelo médico, professor e escritor paraguaio Alfredo Boccia Paz,  nesta quinta-feira (5), no “Seminário Internacional Operação Condor”, na Câmara dos Deputados.

Durante o evento, Boccia ressaltou as dificuldades das vítimas brasileiras de “romper a resistência dos militares e de setores da imprensa” para esclarecer o que realmente ocorreu nos 21 anos do regime ditatorial. “Conhecer a verdade é resgatar a memória e consolidar a democracia”, destacou o expositor.

Boccia defendeu a preservação dos documentos da ditadura para que se tornem públicos e resgatem a história. Ele lembrou que os chamados “arquivos do terror” do Paraguai  foram digitalizados e organizados. A preservação desses arquivos, segundo ele, “tem valor documental, simbólico e jurídico e possibilita a condenação de agentes da repressão”.

O advogado e professor paraguaio, Martin Almada, também participou do debate. Para ele, a constituição e o funcionamento adequado da Comissão da Verdade em todos os países são fundamentais para “cortar as asas do Condor”. A destituição do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, revela, segundo Almada, a atualidade da Operação. “Essa nova Operação Condor é mais abrangente do que a de 1964, no Brasil. É mais suave, global e revestida de uma capa pseudodemocrática através da cooptação dos parlamentos”, avaliou o advogado.

Ivana Figueiredo com agência Câmara.

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