O deputado Márcio Macêdo (PT-SE), presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), defendeu, nesta quarta-feira ( 20), que as alterações do clima sejam discutidas de maneira prioritária na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Climático, a Rio+20, que ocorre na cidade do Rio de Janeiro.
“O documento conclusivo da conferência tem que fazer alguma sinalização a respeito das mudanças climáticas, porque é um tema que se impõe no momento. É o principal problema ambiental do mundo”, disse. Segundo ele, a “Reunião da Cúpula Mundial dos Legisladores” e o “Rio Clima”, que ocorrem em paralelo à Rio+20, são exemplos de iniciativas que alertam para a importância do debate sobre mudanças climáticas.
Para Márcio Macêdo, o Brasil tem tido algumas ações importantes nesta área. “Temos uma legislação sobre mudanças climáticas e um fundo, votados em 2009. Temos alguns planos setoriais em processo de efetivação, outros ainda em elaboração. O grande desafio é que o Brasil possa implementá-los, na área de energia, mineração e de combate ao desmatamento na Amazônia e no cerrado, para contribuir efetivamente na diminuição das consequências das mudanças climáticas”, afirmou.
O deputado ressaltou ainda a redução do desmatamento no País, que está 1/3 menor em comparação a 1988, quando começou a ser medido pelo Governo, e reduziu em 50% em relação a 1992, quando se deu a “Rio92”, segunda conferência mundial sobre desenvolvimento sustentável. Márcio chamou a atenção também para as metas voluntárias de diminuição da emissão dos gases do efeito estufa assumidas pelo Brasil.
“Tenho esperança que o acordo firmado aqui na Rio+20 seja factível rumo ao desenvolvimento sustentável e a economia verde inclusiva, soberana e sustentável, para erradicar a pobreza e aprofundar o processo democrático. Acho que o maior legado que a Rio+20 vai deixar é a introdução das temáticas ambientais no conjunto da sociedade”, afirmou.
Assessoria Parlamentar