O vice-líder do PT na Câmara, deputado Bohn Gass (PT-RS), criticou a articulação dos países ricos, liderados pelos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, de excluir do documento final da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20, a criação de um fundo de US$ 30 bilhões/ano para a sustentabilidade a partir de 2013.
“O Brasil vai continuar tensionando para que a constituição do Fundo se efetive. Ele poderia, inclusive, solucionar a crise internacional, mas os países ricos não pensam assim”, afirmou Bohn Gass. O Fundo financiado pelos países ricos seria de US$ 30 bilhões até 2018 e a partir daí, de US$ 100 bilhões, segundo o deputado.
Outro ponto negociado na Rio + 20 é o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). A expectativa do Brasil é que o Programa seja transformado em uma instituição com status de agência da ONU, como é a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a FAO. O rascunho aprovado pelas delegações nesta terça-feira (19) no Riocentro, no entanto, não especifica como ocorrerá o fortalecimento do PNUMA. Bohn Gass aposta na alteração do texto pelos 109 chefes de Estado que estarão reunidos na Rio+20 até a próxima sexta-feira (22). “Queremos que o PNUMA se transforme em uma agência efetiva, com mais recursos para podermos trabalhar o tema ambiental que não deve ser visto como coadjuvante da política de desenvolvimento”, alertou o petista.
Para o vice-líder do PT, a ausência do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, da chanceler alemã Angela Merkel e do primeiro ministro britânico David Cameron, na Rio+20 não esvazia a Conferência. “Os países ricos e pobres devem lutar pela sustentabilidade do planeta, portanto, quem perde, são os países que não participam da discussão, enquanto o mundo debate o tema ambiental”, sustentou Bohn Gass.
A mudança de comportamento do Brasil com o modelo adotado pelo governo da presidenta Dilma- que prevê crescimento econômico, distribuição de renda e proteção ao meio ambiente- foi ressaltada pelo vice-líder petista. “Em épocas passadas, o Brasil sucumbia com a crise, pois a ideia era crescer, sem distribuir renda. Há quase dez anos o Brasil está crescendo e tirando as pessoas da extrema pobreza, por isso somos referência e os países mais ricos deveriam adotar esse modelo por causa da crise internacional”, ponderou o deputado.
Confira a programação da Rio+20 aqui ( http://www.rio20.gov.br/)
Ivana Figueiredo com agências
Ouça o deputado Bohn Gass (PT-RS) na Rádio PT
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