Amazônia: País precisa impedir ação de grileiros e desmatadores na região, diz Dutra

domingosdutra190612Representantes de movimentos sociais e agentes públicos, ligados ao governo federal e da Amazônia, debateram nesta terça-feira (19), os conflitos rurais e a exploração de madeira ilegal que acontecem na região. Durante a reunião foram denunciados casos de violações aos direitos humanos além de crimes praticados por grileiros e madeireiros. A audiência pública, comandada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, deputado Domingos Dutra (PT-MA), foi realizada em conjunto com a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional.

“O país, que tem avançado muito na área econômica e social nos últimos anos, não pode permitir que a violência na Amazônia, ligada aos crimes de pistolagem, grilagem de terras e extração ilegal de madeira, continue a ocorrer na Amazônia”, defendeu Dutra. O presidente da Comissão de Direitos Humanos também cobrou uma ação mais rigorosa das autoridades da União e do governo do Amazonas para barrar esses crimes que, segundo ele, “também têm ligação com a devastação ambiental na região”.

Em um depoimento emocionado, a líder camponesa da Associação Deus Proverá (AM), Nilcilene Lima, incluída no programa de proteção a testemunhas do governo federal, relatou a violência que sofreu por denunciar crimes na região. “Apanhei de grileiros e madeireiros, tive minha casa queimada, plantação destruída, e já vi vários companheiros serem assassinados por pistoleiros”, denunciou. A líder camponesa, que vive escondida, afirmou que no Amazonas “não há presença do poder público e quem manda na região são os madeireiros e os pistoleiros”.

Crime ambiental– Segundo Nilcilene Lima, a violência “é fruto da ganância de grupos econômicos que expulsam as populações ribeirinhas para lucrar com a derrubada da floresta”. Além da presença do governo na região, por meio de postos policiais, postos de saúde e escolas, a líder camponesa também reivindica a criação de uma reserva extrativista na localidade do Rio do Sono (AM) como forma de garantir a subsistência da população.

Para a representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT/AM), Marta Sponton, apenas criar uma reserva extrativista não resolve o problema. “Demarcar reservas não resolve tudo. O Estado também precisa garantir a segurança dos seringueiros e moradores dessas localidades, que estão sendo expulsos de suas terras”, afirmou.

De acordo com a representante da CPT, o atraso na criação dessas reservas estimula a ação de grileiros. “O governo de Roraima, por exemplo, é contra a criação (das reservas extrativistas). A demora na criação dessas reservas também contribui para que os grileiros tenham mais liberdade na ação de expulsar os moradores da área”, destacou Sponton.

 

Héber Carvalho

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo