Agnelo Queiroz abre sigilo e obriga governador tucano a rever posição

CPMI130612O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), depôs nesta quarta-feira (13) na CPMI que investiga o crime organizado liderado pelo contraventor Carlos Cachoeira. Agnelo abriu, voluntariamente, seus sigilos bancário, fiscal e telefônico à comissão. Ele disse que não pode conviver com “desconfiança”.

“Quem não deve não teme”, disse. O governador do DF oficializou o seu gesto assinando um termo de compromisso.

A atitude do petista colocou em xeque o comportamento do governador tucano de Goiás, Marconi Perillo. Na terça-feira  o governador de Goiás negou-se a colocar os seus sigilos à disposição da comissão. Para o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (PT-SP) que também participou da sessão da CPMI, com o anúncio de Agnelo, “a casa caiu e fez a oposição amarelar”. De acordo com o líder, o ato de Agnelo constrangeu e fez o governador tucano rever posição.

” A sua vinda à CPMI foi excelente e levou à quebra o sigilo do governador tucano. O povo de Brasília tem de ter orgulho de ter o senhor como governador”, disse o líder à Agnelo na CPMI.

Em pronunciamento na tribuna da Câmara, Jilmar Tatto fez questão de lembrar que o governador Agnelo comprovou que não tem relação com Carlos Cachoeira. Tatto disse ainda que o governador Perillo usou em seu depoimento, “de pirotecnia fantástica, falou bastante, mas não disse nada”, disse o líder petista.

O relator da CPMI, deputado Odair Cunha (PT-MG), enfatizou que, ao contrário de Marconi Perillo, o governador do DF, se antecipou e colocou os dados dele a disposição da comissão. “Isso prova que vossa excelência não tem nada a temer” disse Odair. O relator fez questão de lembrar que “pediu a Perillo apenas os dados telefônicos e de SMS”, explicou o relator. 

Conexão – Em seu depoimento, Agnelo Queiroz negou veementemente o envolvimento do seu governo com a empresa Delta e com o contraventor Carlos Cachoeira.  Agnelo lembrou que mais de 30 mil ligações investigadas pela Operação Monte Carlo da Polícia Federal (PF) não encontraram nada que ligasse seu governo ao grupo de Cachoeira. “Nosso governo não tem conexão com esses grupos. Isso está provado. Quero ver alguém me citar um único nome que indiquei a pedido dessa organização”, desafiou o governador.

Favorecimento – Em relação à Delta, Agnelo disse que a empresa entrou no GDF em 2007 por  apresentar um preço 30% mais baixo da demais, mas, segundo ele,  foi desqualificada por problemas na documentação. O governador lembrou ainda que a Delta começou um processo judicial cuja decisão obrigou o governo a contratá-la. 

Sobre o Senador Demóstenes Torres, Agnelo disse que hoje entende os motivos que levaram o senador a protocolar pedido de impeachment contra ele, em novembro de 2011. “Estávamos investigando fortemente os contratos da Delta. O grupo de Cachoeira precisava controlar o SLU, mas frustramos o plano deles, já que nosso governo apertou o cumprimento do contrato, deixando o negócio desvantajoso para a Delta”, explicou.

Casa – Em relação a seu patrimônio, Agnelo Queiroz disse que é médico cirurgião, casado com uma médica ginecologista e que foi parlamentar por vários anos. Disse que comprou sua casa em 2006, parcelada, e que imóvel está declarado no Imposto de Renda.  O depoimento do governador do Distrito Federal durou mais de dez horas.

Para o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente da CPMI, “depois de hoje podemos concluir que Agnelo Queiroz mandou Carlos Cachoeira de volta para o Governo de Goiás”, disse.

Agenda – A comissão reúne-se hoje, às 10h, na sala dois da  Ala senador Nilo Coelho, para votar requerimentos.

Benildes Rodrigues

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